Disseram-me que poemas são gotas de lágrimas,
Que acrósticos são soluços libertos do peito.
As crianças me perguntam: "E as palavras, o que são as palavras?”
Eu respondo que as palavras são a chave para se prender o sentimento.
Significado e significante, como dizia o velho mestre,
Às vezes, convenções apenas.
Não! Eu me recuso a acreditar, a aceitar o convencional.
Sou pelas palavras como expressão do "ser", "estar", "sentir",
Sinto as palavras como vergalhão em brasa que dilacera a carne da alma.
Tenho as palavras como instrumento do meu labor.
Alguém me disse que palavras, são imprecauções incautas soltas ao vento.
Eu digo que palavras, para nós que vivemos delas, são dardos certeiros, são punhais afiados,
são facas de dois gumes.
Podem ser o "mote", podem ser a "sorte" a que todos estão sujeitos.


Luz

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