INFÂNCIA


Estes caminhos guardam um pouco de mim,
em cada canto.
Na Praça da Igreja, na calçada rústica,
no badalar de cada hora pelo sino da matriz.
Gosto das luzes ao cair da tarde,
lembram cenas de postais.
Meu coração anda tão sombrio quanto o céu deste lugarejo.
Já não me encontro aqui, nem em lugar nenhum,
perdi os lugares, as referências, ganhei outra lembrança triste.
Lembrança do que eu não entendia.
Um lugar que não me pertencia, no qual eu apenas transitava como o fantasma solitário de Hamlet.
Triste Ofélia.
Hoje não escreverei mais nada.
Sobre saudades, amigos, família.
Mais nada...

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