NILZA Cidades do interior possuem beleza, silêncio, tristezas e solidão. Foi em uma dessas que cresci, vendo o tempo se arrastar por minutos intermináveis e incontáveis dias. As ruas imutáveis, nas quais a modernidade não alcança as casas taciturnas, bucólicas e recatadas onde se escondem segredos em cada brasão imaginário de tradição interiorana. Os comércios de fachadas simples que sugerem muito trabalho e pouco recurso, são acessíveis a todos, da senhora do casarão na rua principal ao camponês de pés descalços. Nas pequenas cidades também existem os bairros mal vistos nos quais moram gente de baixa renda, de estirpe duvidosa e que reconhecem pertencer ao “seu lugar”, não compartilham os clubes, as festas e muito menos os hábitos dos moradores mais abastados que ocupam os bairros privilegiados. É uma “casa grande e senzala” intrínseca na vida das pessoas que levanta uma barreira assustadoramente real em um lugar tão pequeno em que todos se encontram nas poucas esquinas. Antes ...
Comentários
Luzdalva S. Magi.
Meu nome é Beatriz Borges de Sousa sou acadêmica do Curso de Letras na PUC-GO, acabo de ler um artigo de sua autoria, publicado na revista Conhecimento Prático- Literatura. Estou escrevendo minha monografia a respeito do ensino da literatura, por meio das Literaturas em HQ'S, identifiquei com o projeto que você trabalhou com seus alunos. Gostaria de ver a possibilidade de fornece-me uma entrevista colaborando com minha tese.
E-mail: beatriz.b.sousa@hotmail.com