Eu




Estas ruas
guardam um pouco de mim
em cada canto.
Na praça da Igreja,
na calçada rústica,
no badalar de cada hora
pelo sino da matriz.
Gosto das luzes
ao cair da tarde,
lembram cenas de postais.

Meu coração anda tão sombrio
quanto o céu deste lugarejo.
Já não me encontro aqui,
nem em lugar nenhum,
perdi os lugares,
as referências,
ganhei outra lembrança triste.
Lembrança de becos obscuros
do meu lugar
outrora alegre,
e agora, triste.
Eu transito entre
os que moram nas ruas,
e não há nenhuma visão social nisto,
há unicamente solidão
e ilusões perdidas.
O pobre fantasma do trem


revisita os vagões decadentes a procurar.
Hoje não escreverei mais nada.
Sobre saudades,
Amigos,
Família,
Mais nada...
Dalva.

Comentários

Amanda disse…
Somente com um pouco de delicadeza e arte consegue-se se escrever um texto bom, mas para expressar sentimentos recônditos é preciso de muita paciência e dedicação.

Amanda Adhmann

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